quarta-feira, 30 de maio de 2012

PARE E REFLITA.

1-Acordar!Abrir os olhos, olhar em volta, e perceber que está em um local seguro e confortável. 2-Depois levantar-se e saber que tem um chuveiro quentinho para tomar um bom banho. 3-Ir até à cozinha e encontrar tudo o que precisa para tomar um café da manhã gostoso e saudável. 4-Abrir a porta do guarda-roupas e poder escolher a roupa e os calçados que vai usar. 5-Vestir-se, perfumar-se, pegar a condução e ir para o trabalho. 6-Ter a oportunidade de contatos com pessoas, amigos, colegas de trabalho, de se relacionar socialmente. 7-Trabalhar, e no fim do dia retornar para casa, e de novo ter conforto, segurança,o carinho dos familiares. Aí estão coisas tão simples no nosso cotidiano, que na grande maioria do tempo nem nos damos conta da sua importância. Mas tente tirar apenas um dos itens acima citados da sua vida e analise o estrago emocional que lhe causará. Agora reflita: Existem milhões de irmãos encarnados neste planeta, que NÃO DESFRUTAM DO PRIVILÉGIO DE SE BENEFICIAR DE UM ITEM SEQUER DESTA LISTA! Você tem muito a agradecer ao Criador. A propósito, já fez isso hoje?

terça-feira, 29 de maio de 2012

O TEMPO, VERDADEIRO MESTRE NA JORNADA DA VIDA

A jornada da vida... Seus percalços, as decepções, os momentos de ansiedade, a insegurança e a dor (ou tudo isso junto), fazem parte de um processo de burilamento cuja finalidade, com certeza, é o amadurecimento do espírito. Não estou falando de endurecimento do coração, de “empedramento dos sentimentos e da emoção”. Refiro-me ao indescritível sentimento de serenidade que por vezes nos acomete... Da ausência daquela inquietude interior, que nos castiga, drenando nossas energias. Falo por experiência própria, uma vez que venho testemunhando isso ao longo de toda a minha vida. Problemas que enfrentei no passado e pelos quais sofri tão intensamente a ponto de sentir que não teria forças para tal, hoje me parecem tão simples, tão sem importância. Momentos vivenciados em alguns episódios da minha vida e que me levaram a estados de profunda apreensão, quando analisados na realidade de hoje, me parecem tão irrisórios. Ao longo deste meio século de vida, passando por tantas situações, tantas experiências (boas e ruins), vivenciei cenários que nunca imaginei que presenciaria e hoje, fazendo um balanço bastante racional e sereno da situação, acabo chegando a algumas conclusões interessantes, que resumirei em apenas cinco tópicos: 1. Dos projetos de vida que desenhei para mim e minha família, apenas uma ínfima fração do que imaginei que aconteceria, realmente aconteceu; 2. No terreno profissional, nenhuma daquelas profissões que imaginei abraçar, quando me perguntavam em criança “o que quer ser quando crescer”, de fato tornaram-se realidade; 3. A minha cidade, local onde imaginei permanecer durante toda minha vida, faz décadas se tornou apenas lugar de passeio ou rápidas passagens ... vivi pouco tempo lá, depois que constitui família. Agora vem a pergunta: Então tudo deu errado? A primeira resposta, no calor da emoção e sem uma análise mais cuidadosa da questão seria: Sim, de fato tudo deu errado! Entretanto, se partirmos para uma avaliação mais racional e avaliarmos não os fatos, mas as conseqüências, o resultado desse conjunto de situações, veremos claramente que na verdade as coisas não deram erradas, apenas aconteceram de forma diferente. Os resultados positivos comprovam isso de maneira inquestionável. E aí vem a pergunta, como é que pode você fazer um projeto para sua vida, nada acontecer da maneira que você programou, e no final, apesar de tudo ter dado errado, o resultado acaba dando certo? Se você prefere acreditar que isso é coincidência, obra do acaso, sorte.....vou respeitar seu ponto de vista sem questioná-lo, porque esta questão e muito pessoal. Ressalto, entretanto, que não acredito em obra do acaso, coincidências para mim não existem e sorte ou azar... muito menos. Acredito sim que o universo conspira a favor das pessoas de bem. Acredito na lei de ação e reação e acredito no poder de um Deus soberano e bondoso, que não nos deixaria jamais ao sabor da própria “sorte” (aqui no sentido figurado, claro). Acredito sim que “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”. (Ec 3.1). As coisas acontecem no tempo de Deus e não no nosso, e quem está na condução É SEMPRE DEUS, não somos nós. É típico observar que após passadas as tempestade que por vezes assolam nossas vidas, não raras vezes nos damos conta de que aquela “reviravolta” estava sendo mais que necessária, e que não haveria outra forma daquilo acontecer não fosse provocado por um agente externo, que independesse da nossa vontade. Não raras vezes percebemos que o agente provocador da tormenta, que no início interpretamos como inimigo, na verdade acabou se tornando um facilitador para a guinada que tanto necessitávamos. Muitas das vezes é difícil aceitar isso. É preciso querer entender, é preciso exercitar o discernimento, é necessário praticar a resiliência. Como conseguir? Já dissemos no início deste texto: “A jornada da vida... Seus percalços, as decepções, os momentos de ansiedade, a insegurança e a dor (ou tudo isso junto), fazem parte de um processo de burilamento cuja finalidade, com certeza, é o amadurecimento do espírito......” O maior mestre chama-se TEMPO.

terça-feira, 22 de maio de 2012

AO MESTRE COM CARINHO

Sou de um tempo em que se praticava civismo nas escolas. Éramos motivados a sermos patriotas. Cantávamos o Hino Nacional, o Hino à Bandeira, o Hino da Proclamação da República e o fazíamos com reverência,em posição de sentido, com a mão direita sobre o peito. Não raro lágrimas desciam dos nossos olhos, nas datas especiais, onde desfilávamos orgulhosamente ostentando o uniforme da escola, marchando com vigor, sob o som das fanfarras. Aliás, vestir o garboso uniforme da fanfarra era privilégio de poucos. Sem falar das nossas balizas que nos maravilhavam, despertando paixões desenfreadas nos nossos corações adolescentes e sonhadores. Sou de um tempo em que subíamos ordenadamente e em fila para as salas. Já na classe, nos levantávamos para saudar o (a) professor (a) quando entrava para dar início às aulas. Era um tempo de respeito, de regras muitas das vezes rígidas, mas era um tempo em que os valores eram estimulados e a dignidade valorizada. A simples ameaça por parte do professor, de mandar um aluno para a diretoria, era o suficiente para sossegar o ânimo dos mais indisciplinados. Quando o (a) professor (a) cruzava os braços e olhava em direção a um aluno, se este estivesse fazendo algo errado, na hora parava, diante do olhar indignado de todos os demais alunos da classe. Não tínhamos medo dos professores, mas respeito, admiração, e por alguns deles alimentávamos um carinho especial. Nas festinhas da escola, era comum os professores ficarem rodeados dos seus alunos, cada um querendo desfrutar de um pouco de atenção. Não raro, levávamos presentinhos como frutas, flores e os mais corajosos, arriscavam até mesmo a escrever bilhetinhos com declarações de afeto aos queridos (as) mestres (as). Sou capaz de me lembrar o nome de todos meus professores do primário. Profa. Natalina, no primeiro ano, Prof. Alberto Ruy Cotrim no segundo e no terceiro ano, Profa. Inês no quarto ano. Depois, no ginásio, eram muitos deles, dos quais me lembro com muita saudade e carinho do meu professor de português, Prof. Nicolino Ferrari, que dava aulas de terno e gravata e já tinha seus 60 anos de idade. Estamos falando da década de 1970/1980, não faz tanto tempo assim! De lá para cá muita coisa mudou para melhor. A tecnologia avançou cem anos a cada década. Estamos na época da globalização, da Internet, do acesso ao computador de forma facilitada. O progresso veio de forma avassaladora nas últimas décadas, mas infelizmente, na contramão, os valores foram deixados para trás. Os mestres de hoje, que nutriam profundo respeito e admiração pelos seus mestres do passado, não desfrutam mais do mesmo tratamento. Ser professor (a) neste país tornou-se um verdadeiro sacerdócio! A falta de respeito começou pelos governantes, que há décadas vem relegando a categoria ao mais absoluto ostracismo, por falta de políticas de capacitação e de valorização, sobretudo por deixar de oferecer remunerações condizentes com a responsabilidade e importância do cargo. Na sala de aula, os modelos (supostamente ultrapassados, do também suposto autoritarismo), deram lugar não à liberdade, mas à libertinagem, onde os alunos, sem noção de limites (que na verdade deveriam ser impostos pelos pais), se julgam no direito de fazer o que bem desejam, atropelando toda e qualquer regra que seja implantada. Vivemos uma época de inversão de valores, onde uma juventude transviada (aqui no sentido lato da palavra), sem limite, sem noção de valores (como educação, cortesia, respeito ao próximo), se juntam e em bandos (como selvagens) promovem pancadarias, depredações de patrimônio público e desrespeito a qualquer tipo de autoridade. É impossível ser professor hoje em dia sem correr o risco de ser agredido pelos alunos (eu disse alunos?), simplesmente por repreendê-los diante de uma atitude inadequada em sala de aula. E o pior, ai do professor que esboçar qualquer tipo de reação! Por definição ele passará de agredido a agressor, enquanto o verdadeiro agressor sairá ileso, ostentando a fama de ser “o bom” e ainda fazendo chacotas sobre a situação. E a realidade é que para os governantes, quanto mais ignorante e sem preparo for a população, mais fácil será a manipulação, por isso não se mobilizam para conter este descalabro que cada dia nos assusta mais. Você professor, você professora, são dignos de todo nosso respeito, de toda nossa admiração. Não fosse seu idealismo, seu amor à causa, não fosse sua dedicação abnegada à este nobre desafio, enfrentando todas as vicissitudes da profissão, que seriam daqueles que são exceção nesta triste regra que acabamos de expor? *Antonio Carlos Arruda é administrador de empresas, comunicólogo, preservacionista ferroviário, radioamador e escritor. Casado, 51 anos, 3 filhos, reside atualmente na cidade de Belo Horizonte-MG. Para contatos: Blog: viajantetranscendental.blogspot.com Facebook: https://www.facebook.com/antonio.c.arruda?ref=tn_tnmn Twitter: @arrudaac E-mail: arrudaac@oi.com.br