terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O vazio... e o nada...

A presença da ausência nas noites frias...

A cama, metade vazia...o travesseiro no chão...

A janela aberta...o vento na cortina.

E o vazio invadindo o quarto.

A ausência da presença nas madrugadas vazias...

A alma, metade fria...frias as mãos...

A vida incerta, sequer se descortina.

E o sol não se deixa ver, este não invade meu quarto.

Noites frias...

Almas vazias...

Vidas incertas...a escapar pela janela...

Que se fecha ao perceber o sol.

Ausência da presença...

Como ausente está o sol.

Presença da ausência...

Como presente está o vazio.

Noites incertas...

Vidas vazias...

Almas frias...

A manhã expulsa a madrugada pela porta entreaberta,

E a janela, ainda fechada, resiste em deixar a luz do sol entrar.

Na cama, um corpo inerte...

Os olhos paralisados fitam o branco do teto...

Fitam o nada!

E o nada invade o quarto...

E o nada invade o corpo...

E o nada invade o nada.

A presença do nada, agora é tudo.

A ausência de tudo agora é o nada.

O nada...

Incolor...

Inodoro...

Insípido...

E indolor!

O nada é indolor.

Na cama um corpo inerte...

E o vazio se casa com o nada...

Com o nada...

Com o nada...

Um comentário:

Erica disse...

Saudade é a presença da ausência... esse corpo inerte, de madrugada, acordado por nada e pensando em tudo.... ahhhhhhh eu bem sei o que é isso!
Beijos!
Kika